sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Miolos!



Zumbis são um dos poucos conceitos fantásticos que não precisam de uma boa explicação: um vírus mortal, uma maldição antiga, uma raça alienígena, pouco me importo. Quero que aqueles 20 primeiros minutos de filme passem o mais rápido possível e os braços começem a serem devorados logo. Quero sangue na parede, barras de ferro dilacerando peitos, parabrisas de carros sendo quebrados e cabeças devoradas. Apocalipse morto-vivo. Gritos, gritos e miolos. Toneladas de miolos! O que importa é a chacina exercida pelos zumbis e a sobrevivência desesperada dos pobres sobreviventes.

Na fina arte de contar boas histórias de zumbis, o roteirista Robert Kirkman é o mestre responsável pela genial Os Mortos-Vivos (The Walking Dead no original), facilmente um dos melhores quadrinhos dessa década. Assim, nada mais acertado que ele ser o responsável pela Zumbis Marvel, mini-série que começou a ser publicada esse mês no Brasil, na Marvel Max #40. A série foi um sucesso de vendas absoluto nos EUA, indo para o quarto (!!!) reprint do número #1 (de cinco edições), e tem seus motivos.

A trama é bizarrinha, confesso que comecei sem entender muita coisa. Em uma realidade alternativa (mas semelhante o suficiente para eu não perceber muita coisa de distinto no primeiro número, com exceção do Mjolnir do Thor que foi substituído por uma base de concreto presa a uma barra de ferro) de alguma maneira todos os heróis Marvel são transformados em zumbis, com exceção de Magneto, que sobrevive - para ser dilacerado e devorado pelos Vingadores, Demolidor, Luke Cage, Reed Richards e o Anjo, em uma das cenas mais grotescas (e divertidas!) de pura carnificina zumbi. O grande lance é que não se trata de um contador babaca ou um motorista de caminhão gordinho que se tornou zumbi: é o Hulk quem está arrancando e devorando a perna do Magneto, é o Capitão América que tem a cabeça arrancada. É absolutamente genial, e o primeiro número termina com a chegada do Surfista Prateado (que não é zumbi) a Terra.

Além das discussões macabras entre os heróis decompostos (que já começam muito bem nessa edição, com o Homem-Aranha morto-vivo confessando que devorou a Tia May e sua Mary Jane), das possibilidades infinitas de gore, a trama envolvendo o Galactus e sobreviventes da praga zumbi no Asteróide M, cada edição homenageia uma capa clássica da histórica da Marvel, fazendo uma "versão zumbi" dela (ao lado, as versões originais da capa do casamento do Homem-Aranha).




Estou indo hoje para o Rio de Janeiro. Com sorte atualizo o blog de lá (e devo escrever um diário de viagem para um site paulistano, e que devo acabar postando aqui também).

2 comentários:

Barba disse...

Ah, que nojeto isso. Super Gore! haha Tenho um quadrinho pra te recomendar: chama-se Blacksad, conhece?

Alexei Fausto disse...

Nossa cara, parece muito doido!
Comprou? estou na onda de zumbis com força total! Aliás "Os Mortos-Vivos" tá aqui, e já li, é muito bom!
Comprou o terceiro? e o Goon?