quarta-feira, 4 de julho de 2007
G2
terça-feira, 12 de junho de 2007
Vandalism's best when it's totally meaningless and unfair.
É basicamente uma imagem surrupiada do genial Kill Your Boyfriend, com o que era um casaco-feito-de-café, mas que agora joguei uma cerva por cima, virou só uma imagem estranha. É, ficou ruim, mas vou enrolando por enquanto.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Layout novo
terça-feira, 5 de junho de 2007
McWoD
A White Wolf liberou hoje um release meio confuso com a primeira descrição do Monte Cook´s World of Darkness. Felizmente, não é um Vampire d20 (link altamente recomendado), mas quanto mais eu leio, mais eu tenho certeza que os dois melhores RPGs já feitos sobre sobrenatural e mundo moderno são Nobilis e Unknow Armies..:)
segunda-feira, 4 de junho de 2007
A maldição de Davy Jones
Quando o De La Soul cantou que três era um número mágico, não tinha nada a ver com cinema. Mas se o assunto fosse esse, definitivamente 2007 estaria fora dessa lógica- ou estariam cantando sobre uma mágica muito, muito ruim.
Piratas do Caribe: No Fim do Mundo não é detestável como Homem-Aranha III, mas está a oceanos de distância (ha ha) dos dois primeiros.
Confesso que não gosto muito da trama do Davy Jones. A história do pirata morto-vivo sem coração é legal, mas acho bobo o design cefalopóide, e os piratas com visual de monstro dos Power Rangers. Foi divertido no segundo filme, mas poderia ter ficado por ali. A coisa complica muito quando ele não só retorna no 3o filme, como ainda tirou fora o coração (?) depois que se apaixonou, foi enganado (?) e abandonando (???) pela personagem feiticeira do pântano legal do filme anterior que se revela a deusa do mar Calypso (????). As interrogações são sinceras: não sei exatamente se entendi o que a trama do filme, mas definitivamente ficou estranha essa reviravolta meio Neil Gaiman. A série não precisava de mais Davy Jones, muito menos de uma deusa do mar aprisionada.
A verdade é que na primeira hora, dá até para tentar acompanhar as reviravoltas forçadas, intrigas fajutas e desvios de caráter fantasiosos dos personagens. Mas depois de um tempo, fica desinteressante e cansativo, e a única coisa que restava era um desejo por batalhas divertidas - porque diversão na figura do Jack Sparrow, que já começou a ficar manjada, também estava difícil. O tal Davy Jone´s Locker também é um saco. Os carangueijos de propaganda de cerveja e as alucinações do Jack Sparrow são dadaístas demais pro meu cérebro cansado, que vai ver um filme da Disney esperando piadas ingênuas, combates piratas e fantasia descompromissada, e não um purgatório saido de alguma mente chapada de ácido.
Tão confuso quanto o filme, navego agora para as batalhas. Se nos dois primeiros eram legais, no Fim do Mundo, a primeira é escura, as demais são esquisitas e a final é simplesmente boba. Lorde Beckett da Companhia das Índias Orientais se porta como um verdadeiro cagalhão e deixando seu navio ser impunemente despedaçado pelos canhões inimigos. Outra: a libertação da Calypso(afinal, porque foi aprisionada?) não muda muita coisa (desculpem: se mudou, foi porque cochilei e não percebi). Pelo que me lembro, ela vira um redemoinho, ou crustáceos, ou uma tempestade, não entendi bem, atrapalha aqui e ali e cinco minutos depois já não faz mais diferença alguma no filme.
Alguns momentos dão até indicações de um caminho que poderia ter sido muito legal: a Irmandade pirata e a idéia dos nove lordes é bem divertida. Por mim, o filme tinha girado ao redor dos tais lordes piratas, com rolês marítimos e batalhas contra cada um deles, caricatos e bacanas. O Keith Richards mesmo é um cameo super bem vindo, com um personagem que poderia ter contracenado mais vezes durante o filme com o Jack Sparrow e ter trazido bons ventos e ânimo para as piadas meio cansadas. Cingapura por exemplo é um começo bem de acordo com o que esperava para o terceiro filme, e poderiam ter seguido essa linha.
A trilogia foi muito divertida, e o terceiro filme não é exatamente ruim, embora também não seja bom. Por mim, podiam investir nesse filão, de filmes de aventura baseados em brinquedos da Disney. O brinquedo favorito da minha mãe era o Piratas do Caribe. Eu preferia a Montanha Russa do Velho Oeste:)
quarta-feira, 16 de maio de 2007
C´etait un rendez vous
C´etait un rendez vous - 1976
Snow Patrol - Open Your Eyes
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Bobo, feio e chato
Se os dois primeiros filmes foram bem legais e divertidos - embora não cheguem nem aos pés da trilogia de X-Men - esse terceiro joga tudo no esgoto de Manhattan e dá descarrga.
O filme tinha potencial para ser foda: Venom é um dos antagonistas mais legais da Marvel, a Gwen Satcy estaria lá (e quem sabe até poderia morrer no filme!) e os efeitos pareciam legais.
É uma pena que o resultado tenha sido diferente.
O que mais me emputeceu com o filme foi a maneira tosca em que o Venom foi desenvolvido. É constrangedora a forma em que o simbionte atua em Peter Parker, dando margem a todo tipo de situação engraçada que falha miseravelmente em me fazer rir (como a detestável cena da dança no bar) . Isso, sem contar no visual emo.
A inspiração The Used/My Chemical Romance para a estética do Aranha é absolutamente questionável, e talvez a única coisa divertida relacionada a esse filme seja o inconsciente coletivo atuando nas salas de cinema ao redor do mundo, com gritos de "Emo! Emo! Emo!" sempre que Peter Parker dava uma ajeitada na sua franja ou se olhava no espelho.
Que o Homem de Areia (ou será Homem-Areia? Tanto faz) está no fim da fila dos personagens secundários interessantes, é fato. Porém, além de ser utilizado no filme, o que por si só já é um ponto negativo (embora verdade seja dita: ele fazendo a linha "nuvem de fumaça pós-World Trade Center" tenha sido bem feito), ele como o verdadeiro asassino do Tio Ben destroi completamente a lógica dos "grandes poderes trazerem grandes responsabilidades". Se o roteirista entende alguma coisa de super-heróis - e não me parece que entende - definitivamente faltou competência.
Finalmente, a trama toda do Duende Verde, Duende Macabro e afins é um saco, especialmente com a atuação daquele playboy ruim de serviço (um destaque trágico na cena de comédia romântica do boy e da Mary Jane preparando um omelete na cozinha).
Se Homem-Aranha III fosse um filme de duração razoável, ainda poderia dar um desconto, e tentar extrair alguma coisa bacana.
Não.
Ele é enorme. É interminável. Nunca acaba. É um sacrifício ficar na sala até o final, especialmente levando em conta que a única coisa que prestou nessa escolha infeliz de filme - o trailer de Piratas do Caribe: Até o Fim do Mundo - aconteceu muito antes do Aranha aparecer na tela.
Eu só posso acreditar em um deus que saiba dançar
É adaptação do romance de Lourenço Mutarelli, quadrinista e escritor que a Editora Devir sempre fortaleceu (como os leitores de GURPS sabem muito bem!), dotado de uma narrativa afiada e um traço único- bem sujo, caricatural e doentio.
O filme trata de Lourenço (pois é - interpretado por Selton Mello, grande responsável pela realização do flilme, a propósito), proprietário de um armazém onde compra todo tipo de objeto de desesperados, junkies, gente sem esperança e infelizes de modo geral.
O tal cheiro que dá nome ao filme vem do banheiro nos fundos do salão onde recebe seus vendedores, e Lourenço sempre explica que não, o fedor não vem dele, e sim do ralo entupido.
O ritmo do filme é ótimo, seguindo a narrativa seca e direta do livro, dividindo-se nos encontros com as pessoas que vêem a procura de grana, a busca do protagonista para ter para si a bunda da atendente de uma lanchonete (e que ilustra esse post) e sua relação metafísica com o ralo, que une tudo num ciclo de sujeira- muito mais metafórica que sensorial, na verdade.
O Cheiro do Ralo é um filme sobre a decadência, a corrupção e a maldade- ainda assim, é um filme de humor negro, com Selton Mello brilhante no papel.
Lourenço é misógeno, cruel e escroto- mas graças a suas tiradas engraçadíssimas, é também apaixonante. É uma história de literatura marginal, com personagens sujos e urbanos, lado a lado com o excelente trabalho do igualmente paulistano Ferréz (ao qual o livro é dedicado, aliás).
A estética do filme é linda, abusando dos galpões, grapixos e lugares abandonados de São Paulo (Aclimação?). Destaque também para Lourenço Mutarelli no papel de capanga de seu personagem-homônimo, e para a trilha sonora, melancólica e muito adequada, que pode ser conferida no site do filme.
sábado, 7 de abril de 2007
Jogos
Fora isso, estou jogando bastante Lego Star Wars - já peguei todos minikits e falta Jedi Status (aquela barrinha cheia de studs) em só umas três fases, eu acho. Dai abro a fase secreta e libero o Darth Vader como jogavel! Depois disso, vou dar um tempo antes de jogar a continuação, que é sobre a trilogia oficial...
Todo o dia ela faz tudo sempre igual, me sacode...
Calvin & Hobbes
Enquanto isso, me divirto com este video dos caras que fazem Robot Chicken (aliás, É do robot chicken) e escuto The Ballad of Chasey Lane.
How could I ever eat
your ass when you treat
your biggest fan like that?
Software
Beijos mil
quinta-feira, 29 de março de 2007
All Stars!
O selo All Star foi criado pela DC no fim de 2005 como uma resposta ao Ultimate Marvel. Tentativa louvável, que até agora teve sob seu escudo All Star Superman e All Star Batman and Robin the Wonder Boy (com promessas de um All Star Green Lantern, All Star Batgirl e All Star Wonder Woman a caminho), e que a Panini trouxe no início do ano para o Brasil.
A idéia da linha é publicar histórias dos principais ícones da DC (ou aqueles com um apelo considerável de vendas, como a escolha esquisita da Batgirl) feitas por roteiristas e desenhistas consagrados.
Grandes Astros Superman ficou a cargo de Grant Morrisson e Frank Quitely, ótimos parceiros de outras histórias (como a excelente graphic novel JLA: Earth 2, que saiu na Superman #1 no formato de 9,90 pela nada saudosa Abril, e que perdi a alguns anos).
Sou muito fã do trabalho do Grant Morrisson, The Invisibles é uma das coisas mais legais que já li, e mesmo onde ele não é genial - como na fase capitaneando os X-Men- o cara ainda consegue ser muito bom.
Na Grande Astros Superman Morrisson está brilhante, talvez até mesmo melhor que em Invisibles, pelo peso do personagem e responsabilidade atrelada ao projeto. O mito do Superman como semi-deus - coisa que Grant Morrisson entende muito bem, por ser freak de mitologias e adepto da chaos magick - é muito bem trabalhado. Chega a lembrar um pouco a abordagem de Neil Gaiman em Sandman, na relação entre os deuses e os homens, mas com as referências pedantes e enciclopédicas substituídas por diálogos excelentes, narrativa ágil e uma sensibilidade bacana para o relacionamento entre o Super e Lois.
Grant Morrisson consegue inserir até suas pirações junkies na história, de maneira muito divertida, como o diálogo impagável entre Lois Lane (chapada de "compostos alienígenas sintetizados") e uma alucinação de um Superman do futuro, que pergunta a Lois sobre um grande enigma: "Quem era J.Lo?".
Por tudo isso, foi mais que merecido o Eisner de melhor série nova de 2006 (a Panini podia ter feito um marketing em cima disso, aliás).
Grandes Astros Batman & Robin, executado por Frank Miller e Jim Lee pode ter uma escalação (ainda) mais pesada, mas o trabalho me decepcionou um pouco.
Violência, thugs, prostitutas, policiais corruptos, clima sombrio: é disso que Frank Miller sabe escrever bem, e não acredito que deva fazer diferente. Mas é preocupante como seu Grandes Astros parece uma extensão de seu trabalho em Sin City. Todo mundo é filho da puta, e o Batman (ou o "maldito Batman!" como ele explica ser para o futuro Robin) parece ser o maior de todos: sequesta Dick Grayson logo depois da morte de seus pais, bate no garoto, tortura ele e o prende na Batcaverna para se alimentar de ratos e morcegos. Isso quando não está surrando ou atropelando policiais corruptos, e sorrindo bastante com isso. Batman como um psicopata é uma releitura válida, mas na minha visão, foge da proposta do título. É verdade que podemos dar a missão de Frank Miller frente ao Batman cumprida, depois de The Dark Knight Returns e Year One, mas estou sentindo falta das histórias boas de verdade por aqui.
Além disso, os desenhos esparrentos e exagerados do Jim Lee não me agradam. Se quero ter boas recordações dos anos 90, prefiro ouvir Nirvana.
Ainda assim, a narrativa é ótima, e mesmo sendo um Frank Miller pouco inspirado, ainda é melhor que boa parte dos quadrinhos que compõem os os mixes mensais da Panini. Vou continuar acompanhando, com esperanças de melhora.
domingo, 25 de março de 2007
Mundo das Trevas
Como ele afirmou no site que não gostou da minha resenha e optou por fazer uma ele mesmo, estou publicando minha versão aqui no blog.
As instruções que recebi determinavam que ela fosse pequena, por volta de 4 mil caracteres. Assim, optei por não entrar em discussões mecânicas profundas.
Em
A Editora Devir, responsável pela publicação dos títulos da White Wolf no Brasil anunciou que encerraria o antigo Mundo das Trevas e passaria então para a publicação do novo. Dois anos depois, munida de pesquisas de opinião entre os jogadores, a editora decidiu lançar o novo cenário em paralelo com a continuidade da linha antiga. Assim, o livro Mundo das Trevas, lançado em abril desse ano, é o primeiro título dessa nova linha a receber sua versão traduzida no Brasil.
Manual básico do novo cenário, O Mundo das Trevas é primariamente um livro de regras, embora apresente o cenário de uma maneira ampla, além de entrecortar os capítulos com pequenos contos. O Mundo das Trevas é um cenário focado no mistério, suspense e horror moderno, tendo uma proposta mais ampla que sua antiga versão, iniciada no começo dos anos 90 com o lançamento de Vampiro: A Máscara. O abandono do polêmico horror pessoal de em prol de uma proposta mais abrangente foi acertada, encerrando as discussões sobre o distanciamento dos títulos da White Wolf, em particular de Vampiro: A Máscara de suas idéias originais. O novo Mundo das Trevas foi desenvolvido visando permitir uma grande variação de histórias focadas em seus pontos principais. Embora as criaturas sobrenaturais ainda sejam o núcleo da linha, o novo livro básico parte da premissa que os personagens são humanos, sem poderes sobrenaturais, vivendo em um mundo com tons mais fortes de desespero, mistério e violência. Seu contato com o sobrenatural não é mais obrigatório, e as regras do livro básico tratam apenas da construção de personagens mortais (embora no fim do livro estejam presentes regras para a construção de fantasmas, devidamente atualizadas de acordo com a errata online liberada pela White Wolf). A sequência de construção de personagens passa sempre pelo O Mundo das Trevas: assim, vampiros, magos e lobisomens são primeiro construídos como humanos de acordo com o livro básico, recebendo apenas depois suas características únicas.
A tradução dos livros da White Wolf não é tarefa fácil, embora em um livro que privilegie a mecânica, as complexidades da adequação de termos que muitas vezes remontam a gírias ou ao inglês arcaico seja atenuada. O trabalho executado no Mundo das Trevas foi competente, embora algumas escolhas da tradução sejam questionáveis: termos familiares aos antigos jogadores, como Lábia, Empatia com Animais e Segurança foram substituídos (respectivamente por Astúcia, Trato com Animais e Furto). Alguns erros (como Recuperação Rápida, que custa 4 pontos no original, mas foi impressa custando apenas 1 ponto) serão corrigidos em uma eventual errata, mas não chegam a prejudicar o trabalho da Devir como um todo. O tratamento gráfico do livro não deve nada ao original, apresentando alta qualidade de impressão.
Após O Mundo das Trevas, o próximo na fila de lançamentos da Devir na linha é Antagonistas, suplemento que trata de aliados e adversários para os jogadores no novo cenário, de caçadores de monstros a zumbis e cultistas. Após o lançamento de Antagonistas, o caminho estará livre para o lançamento de Vampiro: O Réquiem, possivelmente o mais aguardado título da nova linha da White Wolf no Brasil.
(de
-Layout/Arte 4
-Texto 5
-Conteúdo 4
Nota Final: 4 (Editado!)
Algumas explicações adicionais para as notas, postadas originalmente na RedeRPG.O texto do livro é muito bom, embora não seja perfeito, como é, digamos, Castelo Falkenstein. Além disso, a tradução também escorrega um pouquinho.
Assim, acho adequada uma nota 5.
O layout e a arte são bons, mas nada que fuja do padrão que vigora nos livros de RPG norte-americanos e mesmo algumas linhas nacionais. Na verdade, acho que faz falta o peso de um Tim Bradstreet em destaque no livro, por exemplo. Nota 4.
O conteúdo é bom, mas há falhas. Concordo com sua avaliação que a White Wolf tem bagagem para desenvolver um capítulo sobre narrativa mais competente, e acredito que o suporte que o livro dá para o desenvolvimento de uma crônica de horror não é tão completo quanto o "jogo independente ambientado no Mundo das Trevas" da contracapa afirma. Logo, nota 4.
segunda-feira, 19 de março de 2007
I´m wasted, but I´m ready
Desisti do "Diário". Algum leitor de BH quer emprestado? Quem sabe se alguém ler primeiro eu me sinta um pouco motivado para terminar...
Por outro lado, no mood do "I´m wasted, but I´m ready" retomei a leitura do "A Game of Thrones".
Tenho muita preguiça de livros/filmes/quadrinhos e afins que são vendidos como sendo para "adultos". Mature readers é a terminologia que pega, esse tipo de definição "adulta" costuma ser desculpa para roteiros esburacados, com alguma putaria e violência gratuita substituíndo as boas idéias. Então depois de um hype ao redor do livro em uma lista que frequento, em que inclusive meu amigo Doutor Careca definiu como sendo "fantasia para gente grande", decidi dar uma chance ao George R.R Martin e comprar o primeiro volume da série, um monstro laranja em formato de pocket, com 835 páginas.
Como bom mineiro, sou conservador e tradicionalista: adoro fantasia com magia, dragões, elfos e afins. A Game of Thrones não tem nada disso. Na verdade, desconfio que mais cedo ou mais tarde vão aparecer alguns dragões, mas até agora, a dimensão deles na trama é muito mais metafórica.
Ainda assim, o livro pode ser definido como fantástico, e o ponto que justamente me atraiu nele é abordar um mundo de fantasia sob uma ótica realista no que tange principalmente a construção dos personagens. Eles são questionáveis, falhos e vingativos. Mas também são corajosos, apaixonados e honrados. É muito diferente da literatura fantástica que já havia tido contato antes, em que os personagens (ou melhor: heróis e vilões) são exageradamente maniqueístas, homoeróticos ou simplesmente bobos no background de "anti-herói" (como o clássico Drizzt Do´Urden, o elfo negro bomzinho de Forgotten Realms). É verdade que ainda existem alguns personagens que gritam "vilão!" na trama, mas a área cinza existente é confortavelmente ampla.
A própria história recente do continente principal em que a trama se passa foge dos clichês tradicionais de heroísmo: os protagonistas, nobres oriundos de casas antigas, incestuosas e poderosas, destronaram o velho rei em uma guerra civil sangrenta, onde a família real foi quase toda chacinada.
A narrativa do R.R Martin é excelente, e embora o início (que infelizmente ocupa uma centena de páginas) seja lento, quando a história pega ritmo, ela avança incrivelmente bem, com reviravoltas constantes e muitas surpresas.
É altamente recomendado para quem gosta de histórias de fantasia, mas está disposto a fugir das fórmulas e modelos consagrados.
Outro livro que segue a mesma vertente de abordagem fantástica é O Inimigo do Mundo, do amigo Leonel Caldela, e editado pelo Doutor Careca citado acima e publicado pela Jambô Editora.
Primeiro romance de Tormenta, o que chega a ter lá sua dose de ironia, já que antes dele o cenário gerou a bem sucedida, divertida e leve série em mangá Holy Avenger, O Inimigo do Mundo explora o surgimento da grande ameaça extraplanar que dá nome ao cenário, uma trama de grande responsabilidade para o autor, e que já mostra que o livro não será nem de longe simpático e colorido como o mangá foi.
A história é muito boa, e não é necessário que o leitor esteja familiarizado com Tormenta ou mesmo RPG, bastando gostar de fantasia.
O ponto forte do livro porém não é nem mesmo sua história, mas os personagens que protagonizam a trama: a construção dos mesmos é muito interessante e nada babaca, e a maneira em que o grupo de aventureiros se relaciona é muito bem desenvolvida, até mesmo inspiradora para um eventual leitor RPGista.
O romance trabalha com uma carga dramática forte, e já adianto, não possui um final feliz.
É um pouco mórbida a maneira em que o grupo de aventureiros é torturado, mutilado e finalmente sacrificado ao longo da trama, mas Leonel toma suas decisões com seriedade, sem querer chocar gratuitamente o leitor. Ainda assim, em alguns momentos o livro é muito bad trip, o que lá pelas tantas me cansou. Definitivamente não é uma leitura leve, não estamos falando de hobbits fumadores de cachimbos em rolês alegres e abicholados por campos ou sertões.
Não tenho essa mentalidade jeca e cretina de não sentar o cacete em algo ruim feito no Brasil simplesmente "porque é nacional", "para não fragilizar o mercado". Ora, se a cena nacional de RPG/fantasia se mostrar incapaz de produzir material de qualidade, a implosão vai ser o único caminho. Felizmente, existem boas surpresas como O Inimigo do Mundo, que mostram que estamos avançando muito bem.
Altamente recomendado!
sexta-feira, 2 de março de 2007
De volta
E sábado, das oito ao meio dia, francês. français.
49h de aula por semana.
Oh, yeah.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007
Diário
Adoro seus personagens, mas odeio sua narrativa. Não devia comprar os livros, são chatos. Mas ainda assim, eu compro. Provavelmente algum tipo de feitiçaria africana prensada no rolo de filme de "Clube da Luta" (aliás, não canso de falar que o filme é muito melhor que o livro. Suma daqui com seu ritmo chato, Chuck.)
E sempre os personagens são estranhos e pertubadores. Claro, como não poderia deixar de ser, cativantes. A trama até começa bem, trapaceira. Os capítulos avançam como se você estivesse lendo um livro realmente bom e divertido, até que a fonte seca, e Chuck estraga tudo: a história perde o compasso. Tudo para de fazer sentido não de uma maneira agradavelmente doentia, como se você estivesse chapado e feliz, mas sim como se o livro fosse uma cidade de Lego que Chuck, o meninão, decidiu despedaçar e espalhar em pedacinhos pelo quarto. Ou talvez, além da coesão que desaparece, some também a noção de timming do autor, o livro não consegue acabar. Me lembro de como me arrastei para terminar "Cantiga de Ninar".
De qualquer forma, fui enfeitiçado e comprei "Diário", o mais novo lançamento do autor no Brasil. Famílias desagregadas, artistas suicidas em coma, conspirações e ilhas decadentes, universo perfeito para Chuck.
Mal comecei e o livro já está um saco, mas de uma maneira bizarra, estou gostando.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007
Drinking black coffee
A verdade é que embora não tenha exatamente uma conexão real (mas não duvidaria se ela de fato existir), associei o livro ao genial coletivo Luther Blisset/Wu Ming, talvez por ser escrito por um italiano de esquerda, levar o nome de uma das minhas bandas favoritas e ter sido publicado pela Conrad. Em uma rápida pesquisa no Wiki, vi que o autor, Valerio Evangelisti é um ícone da fantasia/sci-fi na Itália, e que tem uma série famosa chamada "O Inquisidor" que também teve um volume publicado no Brasil. Vou procurar melhor.
O livro já começa bem, com uma quote de George W. Bush e uma descrição do que parece ser o ataque ao World Trade Center- para se revelar algumas páginas depois como sendo a invasão dos EUA ao Panamá no fim dos anos 80 coordenada por Bush-pai . A partir dai, a história se divide em três linhas: um hospital psiquiátrico no Panamá, que esconde soldados de elite dos EUA com uma doença mental, utilizados como armas de guerra na invasão; a história de Pantera, um feiticeiro mexicano em um grupo de mercenários sanguinários nas Border Wars do Velho Oeste americano; e 'Paradice', a porção de ficção científica da trama, que relata um futuro desolador, em 2999, onde em uma Terra superpovoada as pessoas são divididas em castas sociais de acordo com pertubações mentais, e a contagem de tempo é medida através dos "Relâmpagos": tratamentos de eletrochoques globais lançados por cientistas que escaparam e vivem na Lua.
A parte de western é a mais trabalhada do livro, flertando com o horror, a fantasia e a pseudociência vitoriana. No grupo de mercenários e bandoleiros há um lobisomem, o bruxo pistoleiro protagonista e um cientista fantástico. Ainda assim, nesse circo de horrores, são os humanos normais os responsáveis pelas maiores atrocidades. Roberto de Sousa Causo, em sua resenha ao Terra Magazine aponta o cientista como um porta voz de uma visão social hobbesiana, que impera no livro- nas três histórias, o homem é mesmo lobo do homem (aliás, a iconografia do lobo sempre presente). Vou um pouco além, e vejo nele algumas referências ao satanismo de La Vey.
Entre as três tramas, a idéia de violência e colisão está no centro, assim como o questionamento das desordens mentais (em particular a esquizofrenia, presente em personagens de todas as linhas): elas eclodem do meio ou são de natureza biológica? Há um ponto de ligação, na figura do ouro como ingrediente de medicamentos. Composto alquímico ministrado ao lobisomem, "cápsulas da violência" na Terra pós-apocalíptica, parte da fórmula do remédio dado aos soldados presos no Panamá.
A narrativa não é genial, mas a leitura é altamente recomendada para qualquer um que goste de fantasia, horror, sci-fi e política. Aliás, Black Flag é uma prova que essa união é possível, sem ser panfletário ou pedante em excesso.
Alguém leu? Tem alguns pontos que queria discutir.
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Second Life?
Post-resposta ao do Emi sobre o Second Life (vale isso?).
Não saquei qual é o lance do jogo ainda, estou curioso pra instalar e jogar. Dá para trocar arquivos? Ou é tipo The Sims? Se não dá pra trocar arquivos, fica difícil ver como um mIRC do futuro. Me parece mais um MySpace/Orkut onde dá pra mentir um pouco mais, assim.
Essa semana eu instalo!
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
Second Life
http://secondlife.com/
Não sei se a maioria de vocês já jogou alguma coisa online. Realmente, não importa, porque SL não é um jogo.
Explico: um jogo tem objetivos, geralmente objetivos ingame. Não este. SL é um grande ambiente 3D, virtual, grátis (para quem quiser), com possibilidades muito abrangentes. Dentro do jogo há um sistema economico, e é possivel trocar Linden Dollars (L$) por US$ e vice e versa (cotação atual é de aproximadamente L$270 para US$). O dinheiro do jogo é utilizado para comprar coisas de outros usuários (ainda que o sistema de criação de objetos com ou sem script seja completamente integrado e gratuito, não é todo mundo que deseja perder seu tempo criando conteudo) ou paga-los por serviços.
Sim, há empregos, no jogo. Em uma rápida pesquisa, descobri que os três empregos mais procurados são os de prostituta, lap dancer e casino dealer (cara que trabalha na roleta, no blackjack, no poker, etc). Esses empregos são pagos em dinheiro de jogo.
Alguém pode apontar que ganhar dinheiro é o objetivo do jogo. Está equivocado. É o objetivo de alguns, talvez muitos, jogadores. Mas o dinheiro é completamente dispensavel! Se desejo uma armadura, um carro, um robô gigante ou um relógio digital, posso faze-lo eu mesmo, sem custo ou matéria prima. Posso fazer minhas roupas e alterar como quiser meu personagem, me teleportar para uma galeria de arte, casa noturna ou chalé da montanha e ficar conversando com gente de tudo que é lugar do mundo. O dinheiro tem uma função relevante - muita gente troca bastante dinheiro real por dinheiro de jogo, joga tudo em poker, e, se ganhar, troca por dolares. Mas não é nem sequer necessário para se divertir jogando, não mesmo.
Existe a opção de ser um usuário premium, ou assinante. Isso custa menos de 10 dolares por mês (e, caso se assine mais tempo de uma só vez, cada vez menos dinheiro por mês), ao que o usuário (chamado no jogo de residente) ganha um prêmio de L$500, e mais L$50 por semana enquanto for usuário. Além disso, o usuário tem a possibilidade de comprar terras.
Já que é um ambiente virtual e não tem tamanho limitado, espaços de 512 metros quadrados (16mx32m) podem ser comprados por Linden Dollars para que o usuário monte sua própria ilha, com sua própria casa. Seu espaço individual. Em algumas ilhas, fui informado, existem jogos acontecendo - em alguns existem hitpoints, monstros, e a ilha toda é um jogo fantasy, por exemplo. Contudo, nunca fui em nenhuma ilha dessas e não sei se é verdade. Fico devendo a informação.
Qual meu objetivo no jogo? Sair voando por ai, ficar empilhando quadrados (é, não sou muito bom em construir coisas ainda), me teleportar pra qualquer evento que pareça interessante e conversar com qualquer um que tenha vontade. É, na verdade, uma evolução do mIRC, ou, pelo menos, é como eu vejo.
Se quiserem me procurar lá, meu nome é Emi Katscher (meu sobrenome real é Kanter, achei esse parecido o suficiente...). Espero o contato!
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
Miolos!
Zumbis são um dos poucos conceitos fantásticos que não precisam de uma boa explicação: um vírus mortal, uma maldição antiga, uma raça alienígena, pouco me importo. Quero que aqueles 20 primeiros minutos de filme passem o mais rápido possível e os braços começem a serem devorados logo. Quero sangue na parede, barras de ferro dilacerando peitos, parabrisas de carros sendo quebrados e cabeças devoradas. Apocalipse morto-vivo. Gritos, gritos e miolos. Toneladas de miolos! O que importa é a chacina exercida pelos zumbis e a sobrevivência desesperada dos pobres sobreviventes.
Na fina arte de contar boas histórias de zumbis, o roteirista Robert Kirkman é o mestre responsável pela genial Os Mortos-Vivos (The Walking Dead no original), facilmente um dos melhores quadrinhos dessa década. Assim, nada mais acertado que ele ser o responsável pela Zumbis Marvel, mini-série que começou a ser publicada esse mês no Brasil, na Marvel Max #40. A série foi um sucesso de vendas absoluto nos EUA, indo para o quarto (!!!) reprint do número #1 (de cinco edições), e tem seus motivos.
A trama é bizarrinha, confesso que comecei sem entender muita coisa. Em uma realidade alternativa (mas semelhante o suficiente para eu não perceber muita coisa de distinto no primeiro número, com exceção do Mjolnir do Thor que foi substituído por uma base de concreto presa a uma barra de ferro) de alguma maneira todos os heróis Marvel são transformados em zumbis, com exceção de Magneto, que sobrevive - para ser dilacerado e devorado pelos Vingadores, Demolidor, Luke Cage, Reed Richards e o Anjo, em uma das cenas mais grotescas (e divertidas!) de pura carnificina zumbi. O grande lance é que não se trata de um contador babaca ou um motorista de caminhão gordinho que se tornou zumbi: é o Hulk quem está arrancando e devorando a perna do Magneto, é o Capitão América que tem a cabeça arrancada. É absolutamente genial, e o primeiro número termina com a chegada do Surfista Prateado (que não é zumbi) a Terra.
Além das discussões macabras entre os heróis decompostos (que já começam muito bem nessa edição, com o Homem-Aranha morto-vivo confessando que devorou a Tia May e sua Mary Jane), das possibilidades infinitas de gore, a trama envolvendo o Galactus e sobreviventes da praga zumbi no Asteróide M, cada edição homenageia uma capa clássica da histórica da Marvel, fazendo uma "versão zumbi" dela (ao lado, as versões originais da capa do casamento do Homem-Aranha).
Estou indo hoje para o Rio de Janeiro. Com sorte atualizo o blog de lá (e devo escrever um diário de viagem para um site paulistano, e que devo acabar postando aqui também).
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Sell out, maintain the interest
Antes de tudo, não morro de amores pela Sofia Coppola. Associo ela ao fantasma do Poderoso Chefão Parte III, não assisti o "Virgens Suicidas" e não gosto do "Encontros e Desencontros". Também não assisti o curta de estréia dela, "Lick the Star", mas ele está disponível no Youtube, dividido em parte I e parte II, para os interessados. Na verdade, de tudo que ela já dirigiu, provavelmente a melhor coisa foi o clipe minimalista para "I Just Don´t Know What What Do With Myself" do White Stripes, em grande parte graças a Kate Moss.
O "Encontros e Desencontros" acho bem superficial e um tanto quanto esnobe, na idéia em que ser retirado de sua cultura por alguns dias é um motivo para a alienação e melancolia. Eu entendo que esses sentimentos são mais profundos nos protagonistas que a influência do ambiente japonês, mas acho muito irritante a personagem da Scarlett Johansson observando Tóquio com um olhar vazio porque está entediada e afastada do ambiente pós-universitário estadunidense dela, ou porque o marido moderno é um workaholic. Um roteiro fraco (embora a direção seja boa) que pode ter cativado os anciões da Academia e boa parte dos meus amigos e amigas indies, mas que não me pega.
Qualquer trailer que consiga combinar "Age of Consent" do New Order com uma torrente de imagens legais, mesmo que seja um filme sobre digamos, baseball, já é capaz de atrair minha simpatia imediata, e foi exatamente o que rolou com o primeiro trailer de "Marie Antoinette" que eu vi. A idéia de um filme histórico com uma boa soundtrack sobre uma personagem controversa da história francesa, cujo o poster tem a tipografia do Nevermind the Bollocks me pareceu bacana, então esperei feliz pela chegada do filme ao Brasil.
Em Cannes, onde fez parte da seleção oficial, o filme foi vaiado e criticado pela idéia aparentemente estapafúrdia aos críticos franceses, costumeiramente afetados e tradicionalistas, de um filme de época com trilha pós-punk e que retrata a rainha demonizada pelos franceses como, no fim das contas, uma menina legal. Li comentários sobre o filme não tratar de nada especificamente, apenas mostrando a rainha se divertindo na corte. Bem, não é exatamente uma mentira, mas até ai, não é algo que distoa da realidade histórica. O filme sofre com os diálogos pobres, mas é bem dirigido, e os atores - em particular a Kirsten Dunst no papel principal, já que o roteiro não dá muita oportunidade de espaço para os demais personagens - se esforçaram.
De fato, as liberdades tomadas na direção e roteiro para conduzir o filme de uma maneira mais contemporânea, as vezes bebendo da linguagem dos videoclipes que a diretora conhece bem são interessantes, mas irrita o desespero em transmitir essa sensação de modernidade ao público- como na cena dispensável em que o All Star azul e surrado aparece em destaque entre os sapatos, gritando que a obra tem uma pegada punk e atual. É decepcionante ver essa insegurança da diretora poucos minutos depois de cenas ótimas, em que a união afiada de câmera ágil e música já haviam passado muito bem o recado.
Marie Antoinette, não é brilhante, reafirma a dificuldade da Sofia Coppola com os roteiros, mas tem uma direção competente e corajosa, além de uma abordagem menos maniqueísta para a personagem. A verdade é que só por começar com um "Natural´s Not In It" do Gang of Four fazendo barulho, já merece algum respeito.
The Amazing Screw-On Head (Trailer)
Episódio Piloto Parte I
Episódio Piloto Parte II
Episódio Piloto Parte III
The Amazing Screw-On Head foi uma sugestão recente de um amigo muito fã de Hellboy. Desenhado e escrito pelo Mike Mignola, o quadrinho foi publicado como um oneshot em 2002 pela Dark Horse, e passou batido por mim. Os links acima levam até o um piloto de 22 minutos, exibido no Sci-Fi Channel em 2006, e que poderá (e eu sincerame espero!) dar origem a uma série animada.
O tal Screw-On Head do título é o agente secreto preferido do presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln (a história se passa no século XIX) para assuntos do oculto. Não é dito nada sobre sua origem, embora ele seja, por mais estranho que pareça e como o próprio nome indica, um construto de metal com uma cabeça de parafuso (!?).
O começo da animação já mostra que a história segue a pegada tradicional do Mike Mignola: lobisomens, fogo, explosões, mortos-vivos, vilões vampiros e magia negra. Mesmo com a temática, ao contrário do Hellboy (que tem momentos de bom humor, embora seja no fim das contas uma série sobre monstros), Screw-On Head é uma comédia. Além do próprio protagonista e de sua condição única e hilária, os outros personagens também são ótimos: de Mr.Dog, cachorro semi-empalhado de Screw ao próprio presidente Lincoln, o grande vilão, o feiticeiro morto-vivo Emperor Zombie (com um antagonista com esse nome, é impossível a história ser ruim!) e seu servo chimpanzé Ricky, um "hitmonkey" que usa uma coroa de princesa.
Tenho uma queda por alternate history, steampunk e mortos-vivos, então adorei. Altamente recomendado!
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Jogos
Me and my adventure games go waaay back!
Aliás, no bau de jogos (excelente página de jogos antigos e alguns não tão antigos) tem algumas resenhas de jogos feitas por mim, a maioria adventures.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
Punta del Este
Estou em punta, onde fa... cade o cedilha? faco muito pouco além de dormir e comer. Dou caminhadas pelas praias e tiro fotos de paisagens interessantes ou de comidas, como faz qualquer bom turista. Nao tem praticamente nada pra um nerd aqui, quadrinhos sao raros e RPG acho que nem sabem o que é (mas chama de juegos de rol). Mas tudo bem. Quando eu voltar posto alguma foto interessante, como uma colina completa de ipomoea purpurae.
Fui no cassino CONRAD e catei um baralho do card-game menos nerd mas mais charmoso que existe, o baralho de poker (ok, é um baralho normal, mas é usado para jogos de poker. Num cassino, cada partida é feita com um baralho diferente, e os baralhos já usados sao levemente danificados para evitar o uso em novas partidas e doados para turistas chineloes).
No mas, todo bien. Mañana es mi ultimo dia aca, y dias 10 y 11 debo estar en viajen, llegando dia 11 en tiempo para el almuerzo, siu Dios asi permitir.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
1987 chez LUG...
Meu quarto está reformando, então estou dando uma geral nos livros, revistas e afins. No meio da bagunça encontrei algumas esquisitices, como o Spidey acima, publicação francesa de quadrinhos de 1987.
O album (na verdade uma coleção de números juntados de uma maneira tosca em um volume só, um tipo de encadernado que até recentemente era bem comum nas comic shops do Brasil) reúne históias de Photonik, uma tentativa bem fraca de fazer um quadrinho francês ao estilo norte-americano. Conta a história de um adolescente solitário e alienado que se torna um poderoso "Homem de Luz" ao ser atingido pela explosão de um dispositivo de luminatron (?!?). Os vilões incluem Malestrom, que recebe o super criativo título de "Senhor das Profundezas" e o super oitentista Conde Wampyr, o "Vampiro de Nova York".
Além do tal Lanterna Verde francês, rolam três partes das Guerras Secretas, isso sim bem bacana e divertido. Destaque para a história que apresenta o Coisa do Quarteto Fantástico na gravação de um filme, em uma praia caribenha. O encadernado termina com uma história de um tal "Puissance 4", que tem o Wolverine, muppets gigantes, um boneco/balão gigante do Mickey Mouse, um Thor com feições lupinas e um babaca que parece um professor universitário dos anos 60. E é uma história sobre o dia de ação de graças, assim.
Um detalhe: embora a revista se chama "Spidey", o Aranha aparece rapidinho, de relance em uma história das Guerras Secretas, com o uniforme negro (que aliás, está de volta).
No finalzinho, ainda rola uma promessa de Novos Mutantes e Fator X na próxima edição. Então tá.
Ainda bem que existiu Frank Miller e Alan Moore para nos salvarmos dos anos 80:)
quarta-feira, 31 de janeiro de 2007
Turning the car on!
We know a place where no subs go
A idéia de um blog nerd em conjunto com um camarada gaúcho (!!!) de repente me pareceu muito divertida e interessante, a cara de 2007. Então lá vamos nós. Não sei se vai durar muito, mas já tem um tempo que queria um espaço mais dinâmico e voltado para a escrita que o fotolog , e o convite para o blog caiu muito bem.
Como presente para todos nós pela estréia do blog, recomendo fortemente o download do "Neon Bible", segundo CD do maravilhoso Arcade Fire, que vazou (ou mais possivelmente, foi vazado) semana passada. Ainda estou me acostumando ao álbum então nada de resenhas extensas. "Keep the Car Running", que vai ser o primeiro single britânico do CD é a que tem a linha mais animada e hit-maker. "Windowsill" é política, achei linda. A nova versão de "No Cars Go" está épica, maravilhosa. Arrepiei quando ouvi a primeira vez, lembrando do show, e toquei sábado na Mixtape no Milo Garage. Devo falar mais dele no futuro próximo, já que devo ouvir demais esse ano.
Aos interessados, recomendo uma visita ao Young Hotel Foxtrot.
Show do Matisyahu
Infelizmente não sei dizer todas as musicas que ele cantou, mas a minha preferida, Jerusalem, estava no pacote, além daquelas mais populares, King Without a Crown e Youth. Meio gozado o beatboxing, fica fora de tom pra mim, porque pra mim é uma coisa mais hip-hop, mas ele só canta reggae. E ele para quieto e fica sério olhando pras pessoas, dai daqui a pouco começa a rir e tal, e as vezes dança bastante, o que é legal.
Fiquei satisfeito com a performance dele, ainda que fosse quase incompreensivel acompanhar a letra, porque o vocal tava realmente muito baixo em comparação ao resto.
O que mais me impressionou, no entretanto, foi a performance da banda - realmente excelente! Pena que não consegui a baqueta. Um gordo pilantra pegou.
Baita marofa!
Não tirei nenhuma foto :)